O teatro que se propõe a sair das paredes do palco italiano, ou até mesmo dos muros de proteção da zona teatral, que confortavelmente o abriga, deve ter como ponto inicial do trabalho a compreensão de espaço maior de que os dos espetáculos vinculados ao palco convencional. A ideia de palco como local neutro e vazio, mesmo sendo questionada no palco italiano, torna-se completamente fictícia quando pensamos em uma apresentação teatral em locais alternativos. Esse espaço, seja ele uma praça ou uma casa, ou um picinanão foi construído pensando em ser habitando por um espetáculo teatral, por esse motivo, o local e sua estrutura arquitetônica interfere na construção da peça e na recpção dos espectadores.
Como proposta de resignificação dramatúrgica, da cena que já foi comentada em outras postagens, escolhemos como espaço de apresentação uma piscina. O primeiro ensaio/apresentação (entre alunos) nos foi bastante importante para compreendermos de que forma as ideias antes realizadas apenas dentro da sala de aula poderia ocorrer no espaço real da piscina. O laboratório foi bastante importante, por esse motivo resolvemos estudar mais o local para dessa forma realizar as alterações, seja por questão da voz que não tinha uma boa ressonância, pois o local era muito aberto, seja pelas próprias significações que o espaço trousse para os atores e público.
